ICMBIO PROTEGE CAVERNAS DO SÃO FRANCISCO

Fonte: ICMBio

A bacia do Rio São Francisco é a terceira maior do mundo e totalmente nacional, ocupando 8% do território brasileiro. O significativo número de cavernas, as expressivas paisagens cársticas (caracterizadas pela corrosão das rochas), as riquezas minerais, os recursos hídricos e os aspectos históricos, pré-históricos e culturais relacionados às cavernas, além da diversidade de fauna e flora, fizeram com que Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (Cecav) elaborasse um Plano de Ação Nacional (PAN) dedicado à conservação da região. O Cecav é do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

O PAN Cavernas do São Francisco abrange três áreas cársticas prioritárias, localizadas na bacia do Rio São Francisco e entorno. Essas áreas são consideradas estratégicas para as ações de conservação e uso sustentável do patrimônio espeleológico. “O Plano de Ação Nacional teve seu recorte por bacia hidrográfica, para tratar não somente o ambiente cavernícola propriamente dito, como também, a área de influência das cavernas, que inclui uma série de relações ambientais, sociais, culturais e econômicas”, destaca o chefe do Cecav/ICMBio, Jocy Brandão.

O objetivo é garantir a conservação do patrimônio espeleológico brasileiro gerando conhecimento, promovendo o uso sustentável e reduzindo os impactos antrópicos, prioritariamente nas áreas cársticas da Bacia do rio São Francisco, nos próximos cinco anos.

Levantamento feito pelo Cecav/ICMBio em novembro de 2011 apontou a existência de 4.318 cavernas e 307 áreas protegidas (69 federais, 89 distritais, 85 estaduais e 64 municipais), na região da bacia. Após cruzarem os dados geoespaciais, os técnicos verificaram que apenas 1.542 cavernas (35,7%) estão localizadas dentro de 51 áreas protegidas, sendo 424 cavidades em unidades de proteção integral, 1.116 em unidades de uso sustentável e 2 em terra indígena.

Em nível federal, 91% das cavernas existentes na região de abrangência do PAN se encontram dentro de unidades de conservação de categorias de uso sustentável (APA, Flona e Resex) e somente 9% em categorias de proteção integral (Parna e Esec).

 

Nota do GPME:

Apesar da fartura de números e promessas de objetivos, muitas áreas cársticas de extrema importância espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural foram omitidas, assim como diversos pesquisadores e grupos de espeleologia com reconhecida atuação na Bacia do São Francisco e área de abrangência foram sumariamente ignorados e não foram consultados, fazendo desse PAN São Francisco um documento extremamente incompleto e com dados questionáveis detectados pela comunidade cientifica.

 

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